Home » Convento Nª. Srª. da Estrela
Do simples se faz o grande, esta é a sensação de quem visita o Convento de Nª Srª da Estrela padroeia da região. Um pequeno edifício que, pela força da sua envolvente e simplicidade do seu interior, nos proporciona um sentimento de deslumbre grandioso. É ainda motivo de celebração e também feriado o dia 08 de Setembro.
As primeiras edificações góticas, em Portugal, chegaram através das Ordens Mendicantes. O Convento Franciscano de Nossa Senhora da Estrela está nesta sequência. Instituído, em 1448, associado à memória de uma “aparição” da Virgem, foi construído, dentro do estilo gótico, vigente na altura, revelado no seu interior, capela e claustro, e, exteriormente, pelo portal com arquivolta de arcos quebrados, emoldurada por um gablete.
Frente ao portal, um cruzeiro “manuelino”, do século XVI, de mármore, com coluna torça e capitel trabalhado.
A igreja do Convento, modificada, sem traços góticos significativos, tem abóbada redonda. A capela mor apresenta um retábulo, em alvenaria, pintado, século XVIII, dois painéis de azulejos, representando Anjos, século XVII e, sob o arco cruzeiro, está uma teia de ferro forjada, do mesmo século.
A capela lateral integra, à entrada, um espaço com abóbada “nervurada”, escada e púlpito de granito, que, primitivamente, serviu de refeitório. O púlpito ou tribuna, de granito, com pé, foi lugar de leitura, durante as refeições dos conventuais e, para ele se subia por uma porta, com arco ogival, aberta na parede. Perto fica a sala dos mesários que para aqui se transferiu.
Segue-se a parte mais assinalável, o “corpo” da primitiva capela gótica com abóbada de arcos quebrados (nervuras) com bocetes ornamentados de florões, apoiados em mísulas, apoiadas em colunelos. Uma estrutura gótica que tem contígua a “capela mor” da igreja de Nossa Senhora da Estrela com retábulo barroco, século XVIII, em mármore de Extremoz, com trono aberto, onde está uma imagem de Nossa Senhora com o Menino, pedra de ançã, século XVI.
A sacristia e outra dependência estão revestidas de azulejos, muitos, deslocados, século XVIII.
O claustro, quadrado com dois pisos, conserva ainda restos de arcos quebrados e de abóbadas nervuradas, com alguns elementos góticos dispersos.