Presidente da República apoia candidatura das FAR a Património da Humanidade
Atualizado em 02/08/2022Atualizado em 02/08/2022
Marcelo Rebelo e Sousa vai apoiar, publicamente, a Candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia (FAR) a Património da Humanidade. A garantia foi deixada pelo Presidente da República, numa reunião realizada no passado fim-de-semana, com o presidente do Município, Luís Vitorino, a diretora regional de cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, e Nuno Lecoq, representante do grupo de trabalho de Marvão.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a candidatura que se foca no sistema defensivo das Fortalezas Abaluartadas da Raia, na cultura raiana e numa das fronteiras mais antigas do mundo, “tem grande potencial, do ponto de vista da valorização do território transfronteiriço, e a sua inclusão na lista da UNESCO permitiria a salvaguarda de um património único”.
Neste momento, os municípios de Marvão, Valença e Almeida, e respetivos grupos de trabalho, estão a finalizar a versão requerida pela Comissão Nacional da UNESCO (CNU). A proposta final, complementada de acordo com as orientações técnicas da Convenção do Património Mundial, inclui a resposta a alguns reparos ou correções solicitadas no relatório de avaliação do Grupo de Trabalho do Património Mundial, sobre a proposta de inscrição na lista da UNESCO.
Na reunião ficou igualmente confirmada, para o próximo mês de setembro, no Palácio de Belém, a receção de Marcelo Rebelo de Sousa aos presidentes dos municípios de Marvão, Almeida e Valença, com vista à apresentação do dossier de candidatura que vai ser entregue ao Ministro dos Negócios Estrangeiros e à Comissão Nacional da UNESCO.
A candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia a Património Mundial “fomenta uma cooperação transfronteiriça inovadora e inclusiva, assente na preservação, na difusão e na transmissão de um património comum a diferentes comunidades, aprofundando o diálogo intercultural entre povos e criando um sentimento de identidade, de pertença e de responsabilidade; promove a coesão territorial assente na proteção e na valorização do património cultural como suporte de base económica da região transfronteiriça, nomeadamente, através da criação de redes turísticas de escalas regional, nacional e internacional, a partir do bem patrimonial em causa; e representa, não só a valorização de um património edificado de valor excecional, mas uma cultura de preservação e de respeito pelo Homem, no sentido lato. Do seu passado, da sua história e do seu futuro, correspondendo inteiramente aos desígnios da Convenção do Património Mundial.”